quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Minha Música, Nossa Música

Bacana quando “a” música é Maybe I’m Amazed... dá pra “sentir” o que é, como é. Talvez se eu tivesse, hoje, um amor, talvez fosse assim. Esse medo, habitante dos limites entre o agora, o pra sempre e o que pode passar... vontade de não deixar que passe! Entendo exata e perfeitamente!

Eu (nós, nas minhas 2 oportunidades) não tive, oficialmente, “essa” música. Logo eu, um ser musical por excelência! Pode ser marca do meu egoísmo. Ou esquisitice do gosto (rs), particularidades de um mundo só meu, impossível de ser partilhado, mesmo pela via do amor. Pode ser. Muito triste se for.

Quando conheci o Fernando eu só pensei em uma coisa: mocinho interessante pra cama! Tá certo que logo percebi o preconceito envolvido na questão. Um formando em filosofia e um estudante de letras, o que poderíamos ter em comum além da atração física? Com o passar do tempo, das conversas (sem rolar cama, era o que restava... e foram meses a fio! rs), eu fui aprendendo a conhecê-lo, aprendendo a armazenar, todo dia, um sopro que fosse, mas que, se não existisse, faria falta. Aprendi que cuidar era bom, que adivinhar um pensamento era, quase sempre, a garantia de ganhar um sorriso e que sentir saudade era também uma forma de estar próximo.

Uma noite, após uma aventura maluca (história longa, até já escrevi... outro dia, quem sabe, reescrevo por aqui), ficamos sozinhos em sua casa. Com os pais viajando, éramos apenas nós, no quarto dele. Eu já sabia que tínhamos uma preferência musical em comum, Pink Floyd. Ele estava bem nervoso e eu, por incrível que poderia parecer, não forcei minimamente a “barra”. Na vitrola (que coisa!) ouvíamos Atom Heart Mother, seu álbum predileto. Deitados na cama, entre meus braços, ele falava, falava, falava (consigo ouvir agora) e o falar poderia ser resumido a apenas uma palavra: medo. Aquele medo que eu descrevi acima. Mal sabia ele (ou sabia?) que, quando esse medo se instala, é que antes, bem no fundo do coração, o amor já se instalou.

Mesmo que não nominada, essa é (foi) a “nossa” música. Guardada em minha memória, sons, gostos, umidades, gemidos, claridade que se sobrepõe (e se anula) a todo significado do que fomos naquela noite e em várias outras. Nossos sentimentos, nossos desesperos, nossas buscas, encontros e desencontros, os tenho todos em mim ainda, em minha pele, cicatrizes inexoráveis da nossa intensidade.


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Falta Muito Para a Páscoa?

E chove desde ontem em Sampa. Maravilha! Se bem que pouco irá aliviar a gigantesca draga que nos espera para o próximo ano... será que dormir sem tomar banho é agradável?

E tem gente que enfrenta trânsito, fila, aperto, atraso do cantor (tava assim, meio mocorongo... eu achei! rs), chuva e diz que gostou. Se bem que... Hey Jude, do ladinho do beloved...

E tenho aula na sexta e no sábado. Enroscado com as apresentações aqui. Ando meio down, sem pique, só de imaginar as caras de cuiú daquele bando de... Se bem que, pensando bem... tão bonitinhos, principalmente o pessoal da sexta, que vão direto do trabalho, vestidos de branco (ao menos o jaleco). Como diz um amigo, pode ser fim do dia, cansados de atender, mas sempre passam a imagem que acabaram de sair do banho. Será que no final da aula rola um happy hour?

Vamos ver se, ouvindo a minha seleção de músicas favoritas (seção lenta/meditativa), a coisa anda. Eu já falei que adoro o Sufjan Stevens? Nessa seleção tenho 4 canções dele... menos apenas que o Nick Drake. Olha o nível do gostar! (rs)

The Predatory Wasp of the Palisades Is Out to Get Us… quando as memórias dominam as sensações! Música com cheiro e gosto de passado. Saudade que vai (porque pode ir) além da melancolia...


sábado, 22 de novembro de 2014

Beta Radio



Para tudo! Hoje, meio que do nada, fiz a descoberta da década! (rs) Estava conversando (melhor seria dizer tentando conversar, que meu inglês é strikingly poor... rs) no meu fórum de música indie/folk, quando um gringo (pelas minhas observações, ele garantia que seria do meu gosto) me indicou essa banda: Beta Radio (de Wilmington, Carolina do Norte). E lá fui pesquisar pra ver se o carinha conhecia meu estilo musical...

Eu já devo ter usado alguns adjetivos pra classificar algumas descobertas musicais que me agradaram muito... delicinha, lindo, ótimo e por aí. Hoje terei que inaugurar um novo: DESLUMBRANTE! Eles conseguem imprimir uma sonoridade às suas músicas que impressiona! Mistura de folk, country, pop, além de vocais belíssimos, letras que são verdadeiras poesias. Amei de paixão, simplesmente!

PS: Escolhendo as músicas para compor a minha seleção das “favoritas” e... dos 2 álbuns e 3 EP’s, apenas 2 músicas ficaram de fora. Impressionante!


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Refúgio

Feriadão, emenda, 4 dias de suplício e martírio (pelo menos 1 já passou, rs)... amanhã promete! Nessas horas eu sinto uma saudade imensa do tempo em que eu podia “pintar e bordar”, sem a necessidade de me preocupar com nada. Como dizem os meus amiguinhos do além, deve ser uma fase de expiação... só não dá pra saber se é a última da série.



Deixando de lado as lamúrias, passei a minha tarde pesquisando um pouco mais sobre All The Luck In The World, essa banda indie/folk irlandesa já comentada por mim há alguns dias. Com uma história profissional super curta (Neil Foot, o vocalista lindinho, sugeriu a formação da banda no final de 2011), o seu primeiro álbum, gravado na Bélgica e Alemanha, (olha a loucura!) já chega com as melhores críticas possíveis. Eu, particularmente, adorei todo o conceito desenvolvido pelas músicas. É uma mistura da típica melancolia irlandesa, associada a toques de música incidental, folk, além de letras belíssimas, sei lá, difícil definir. Talvez porque o mais importante seja o sentimento que eles provocaram em mim.

E como eu estava inspirado, aproveitei algumas imagens da minha última viagem por Dublin e adjacências (cof, cof, cof... rs) e editei esse vídeo, guiado apenas pelos meus sentidos. Fiz um “2 em 1”... o vídeo se inicia com Low Beams, incidental, acústico, sem voz e, na sequência, vem a maravilhosa Haven. Gostei do resultado! (rs)

PS: Gente! Essa voz do Neil... não consigo dizer o que está provocando em mim! Sabe quando se ouve uma voz mais de 30 anos depois? I’m tied to you... acho que é isso...


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Im Telech

A pedidos (rs), mais uma linda canção do Idan Raichel. Apesar de mais “swingada”, o lirismo, o amor, a beleza, tudo está presente nessa que é uma de suas músicas mais famosas. Basta sentir o clima em que a plateia se manifesta, numa onda de pura energia.

A letra, como sempre, simples e profunda ao mesmo tempo... uma delícia de se ouvir!


domingo, 16 de novembro de 2014

All The Luck In The World



Tenho sorte com minhas descobertas musicais. Eu conheço vários fóruns de música... 2 me são particularmente caros (rs): um em que se discute sobre música lá da “terrinha santa” e outro sobre música irlandesa. Aliás, tenho um “fraco” (bem dos fortes!) por irlandeses. Não sei o que acontece... vidas passadas? Foi através desse fórum irlandês que eu descobri o Damien Dempsey, talvez a minha maior “paixão recolhida” dos últimos tempos (rs). E hoje surgiu essa banda: All The Luck In The World. Amor à primeira ouvida!

Foi uma dureza conseguir o primeiro (e único) álbum lançado há 3 meses. Não saberia dizer o que me encantou tanto em todas as músicas, uma melhor que a outra. Eles são muito jovens, ainda carentes de técnica, mas, sei lá, adorei tudo! A única coisa, nesse momento, que pode definir o que sinto é: eles me comoveram!

Depois pesquisarei mais e, com certeza, escrevo um post mais abrangente.


Pra Acabar Com o Pequi de Goiás

Sem mais...


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Acaso ou Destino

Eu acredito que sempre existe uma nuvem de possibilidades (mais ou menos casuais) e que, por nossas ações (pensadas, ou impulsivas), criamos um caminho... e que nem é tão demarcado assim. Talvez também uma nuvem de caminhos possíveis. Ora estamos em um, ora em outro, por vezes paralelos, outras vezes sinuosos, contraditórios...


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Luke Sital-Singh



Com apenas 2 anos de carreira musical e depois de 3 EP’s, esse cantor e compositor inglês (tão lindinho! rs), Luke Sital-Singh, acaba de lançar o seu primeiro álbum, The Fire Inside. Com uma voz, ora trêmula, ora firme, como a de um trovador, e fortemente influenciado por Bob Dylan (por vezes lembra também Damien Rice), suas canções unem a doçura e a tristeza em doses bem exatas.

Posso estar enganado, mas, pela densidade das letras, pela riqueza melódica presente em todo o álbum, acho que ele vai longe.


sábado, 8 de novembro de 2014

Eu Te Amo Porque...



Como faz um tempo que não edito um vídeo todo lindinho (rs), hoje vamos com esse mix de cenas do filme Do Começo ao Fim, com trilha sonora do Luke Sital-Singh (outro dia faço um post com mais informações a respeito desse não menos lindo cantor e compositor inglês).

Apesar de ser um dos filmes brasileiros com temática gay mais “badalado” fora do Brasil, por aqui as críticas que já li costumam ser bem antagônicas. Entre os que odeiam o filme e os que adoram de paixão, fico no “meio termo”... apesar do enredo trágico (ou seria inverossímil?), não podemos negar as boas atuações do Rafael Cardoso (Tomaz) e do João Gabriel Vasconcellos (Francisco), o casal protagonista, pelo que consta, ambos heteros. E não podemos esquecer a fotografia belíssima, a ousadia da abordagem e cenas muito lindas, como essa que inicia o vídeo.

O diálogo que compõe a cena, aliás, daria um belo tema para discussão, algo como as “razões do amor”. Embora possa parecer um pouco paradoxal (em geral não associamos razão e amor), penso que todos os que amam (ou amaram), de certa forma se confrontam com essa questão, que gira em torno dos porquês da existência desse sentimento entre os amantes.

“Eu te amo porque você poderia amar qualquer outra pessoa, mas, mesmo assim, você me ama.”... essa é bem legal, não?!



quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Quando Até Os Rios Precisam Ter Fim



Previsto para ser lançado no próximo dia 10 de novembro, The Endless River, 15º álbum de estúdio de uma de minhas bandas/dino favoritas (Pink Floyd)... uma mistura de sentimentos agora ao ouvir...

O álbum anterior (The Division Bell) já estava naquele tom “quase passado do ponto”. Novamente sem Roger Waters e cada vez mais com o jeitão David Gilmour de ser (até que ponto a vibe espacial pode trazer novidades?), o que está passando por minha cabeça é, provavelmente, uma mistura de nostalgia e pena, além de tristeza. Como é triste ver que os caras que produziram o mais brilhante álbum da história da música pop/rock internacional (me refiro, obviamente rs, a The Dark Side of the Moon), ou melhor, os 3 que restaram, não conseguem perceber quando é hora de, simplesmente, parar!

Duvido que algum novato, desconhecedor do trabalho do Pink e que começasse a ouvir sua discografia na ordem inversa da cronologia, conseguisse chegar até meados da década de 70, onde eu (e um zilhão de pessoas nesse mundo) nos deleitávamos logo aos primeiros acordes de Speak to Me!

Enfim, quem sabe alguma das músicas atuais poderá ser aproveitada em algum filme cosmos-deprê que, de vez em quando, aparece por aí...

Hora da saudade: Us and Them


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

E Continua a Seca em São Paulo



Como amplamente noticiado, a seca aqui em Sampa tá brava! Já naquela fase de chamar urubu de meu louro, entende? (rs) Eis que na segunda-feira a meteorologia “combinou” que haveria chuva da boa na terça... com direito a exaustivas preliminares, entrada triunfal, vale a pena ver de novo, etc, etc, etc...

Precavido como sempre, me abasteci de gêneros de primeira necessidade (vide acima! especial atenção para o “warming” e o “XG”... será que serviria?! kkkkk), fora exercícios de aeróbica, meditação tântrica, preparação do cajado hebraico e outras coisinhas mais. Sabem no que deu? Lembram do resultado de Brasil e Alemanha na Copa? Basta diminuir 2 gols para o escrete germânico! (kkkkkk)

Isso não se faz! Ainda mais em família, nzé!


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Caracóis Na Chuva



Depois de ler bons comentários em alguns fóruns, resolvi assistir esse filme lá da “terrinha”: Snails In The Rain. Temática gay, um diretor que eu não conhecia (Yariv Mozer) e um badalado ator (affe!), Yoav Reuveni, que nunca ouvi falar (daqui a pouco escrevo mais sobre esse... esse... esse... deus hebreu! rs). Tirando a sequência final, de um poder brochante jamais visto na história do cinema mundial, o desenvolvimento da estória é muito interessante.

Estamos em 1989... Boaz é um estudante de linguística, que espera pela aprovação de uma bolsa de estudos, para iniciar o seu mestrado em Jerusalém. Ele vive com sua namorada, Noa, em Tel Aviv. Certo dia, ele começa a receber cartas de amor anônimas de um admirador. Apesar de achar engraçado no começo, ele logo nota que o escritor das cartas, além de ser uma pessoa culta, é alguém que sabe muito sobre sua vida pessoal. A partir daí, todos os homens que cruzam seu caminho diariamente viram suspeitos. Basicamente é isso. (rs)



Agora, o tratamento visual dado pelo diretor às cenas (muitas em flashback, do tempo em que Boaz servia ao exército de Israel) é deslumbrante! Um jogo de claro/escuro, quase barroco... fora que é impossível desprender os olhos desse Boaz dos sonhos. Aliás, o diretor passa o tempo todo “lambendo” o carinha com a câmera... assim como todos os homens que passeiam por sua vida. É um filme (judeu, lembra?) carregado de desejo, sensualidade, culpa e por aí vai... além de um festival de homens lindos!

Será que uma passagem pra Israel é muito cara? (kkkkk)