segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Alcoholic Faith Mission



Eu tenho um “amigo” em um desses fóruns de música indie que frequento... James, ou melhor, Jamesvaldo (rs). Deve ser nick, ou nome artístico (o cara é fotógrafo profissional... de vez em quando ele posta umas fotos super lindas!), enfim, vez por outra trocamos algumas ideias. Seu gosto para fotografia é bem no campo do realismo, nada de abstracionismo, ou fotos enigmáticas (rs), a maioria de pessoas comuns, em lugares comuns. Já em matéria de música... antes de conhecê-lo eu considerava o meu gosto musical meio estranho. E não é que descobri alguém bem mais desenvolvido nesse quesito!

Acho que estabelecemos uma “disputa” entre nós: quem indica alguma banda mais “exótica” para o outro. Só não vale alguma coisa lá da “terrinha santa”, que isso só eu conheço! O mais bacana é que sempre acertamos sobre as novidades que cada um irá curtir. A última que ele me apresentou sexta-feira passada foi essa: Alcoholic Faith Mission. Hum... pelo nome fiquei meio assim: será que ele me vem com alguma banda de pop/rock cristão?! Ele me garantiu que eu iria gostar muito!

E lá fui numa pesquisinha básica. Assim, é uma banda dinamarquesa, mas que se formou em New York, em 2006. Não entendi bem o porquê do nome; no próprio site eles (dois amigos, Thorben e Sune, que tiveram a ideia da banda) contam que estavam discutindo sobre alcoolismo pelas ruas do Brooklin, quando perceberam que estavam em frente ao prédio de uma missão católica. Resolveram “juntar” os nomes. Dá pra entender? (rs)

Se o nome soa estranho, imaginem as músicas! Olha, muito difícil descrever o estilo do que eles fazem. Experimental? Pode ser, mas não tem nada a ver com a chatice quase dodecafônica de muitos grupos experimentais! São 5  álbuns e em cada um a sonoridade é diferente. Arrisco até a dizer que mesmo dentro de um álbum as músicas possuem, cada uma, propostas de sonoridade distintas. E que podem cambiar de uma extrema acidez, para um lirismo dos mais delicados! E que podem exibir orquestrações exuberantes, ou instrumentos tradicionais, como sanfona, bumbo, etc. E que podem exprimir vocais lindíssimos, ou uma rouquidão quase exasperante de tão triste.

O que falar sobre as letras? Surreais? Em algumas canções elas têm vida própria... em outras, são meros detalhes da linha melódica. Quase sempre tão ou mais encantadoramente malucas do que as sequências melódicas que eles produzem. Sinceramente, o James acertou novamente em cheio: eles já fazem parte da minha “listinha” de bandas favoritas!

Dois exemplos (escolhi duas músicas mais calminhas, rs), mas que não conseguem dar nem uma pálida ideia do trabalho deles. My Eyes to See é um rock, quase punk, e uma letra “pirada”. A outra, Down From Here, eu fiz questão de editar um vídeo. Não sei explicar, mas, logo que a ouvi, visualizei uma dança. Garimpei uns takes de outro vídeo (a música em questão tinha nada a ver com Down From Here, rs) e... voilà! Acho que minha memória auditiva melhora a cada dia (ao contrário da memória usual, rs)... parece que a dança foi feita para a canção...








6 comentários:

  1. Gostei! Na linha " erudita " procure Morten Lauridsen ! Voce vai gostar! Eu adoro!

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  2. Taí ... pela primeira vez não fez bem ao meu gosto musical ... não discuto o valor, apenas não bateu ... vou conferir a dica do Antônio

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  3. José Antônio! que indicação eim? Claro q é outro estilo e, claro adoro ... já me inscrevi no canal e vou me deliciar com ele ... tb procurando algo deles no Spotfy ...

    Grato e beijão

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  4. Gostei dos dois videos.... as imagens do primeiro servem pra gente refletir.....e muito!

    beijo

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  5. Okay, o primeiro video "me representa" kkkk
    Interessante hein, e que viagem! James...valdo [cof cof cof], foi certeiro na indicação, talvez não seja algo para se ouvir "todo dia", mas isso no dia certo, com o alcohol certo... grandes possibilidades... ;-)

    Abração.

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  6. Depois de ouvir os 4 álbuns em sequência e descobrir, pra meu desgosto, que eles cá estiveram (SESC Belenzinho) em 2013, posso opinar com conhecimento de causa: gostei bem mais que o novo Kodaline.

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