quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Um é Bom, Dois é Ótimo, Três é Maravilhoso

Um belo dia, lá na terrinha santa, eis que 3 moçoilos resolvem fazer filmes, para deleite de todos. Apesar das muitas dificuldades no início, ainda mais pela temática abordada (críticas à política militarista de Israel, associada à homossexualidade e liberação dos costumes), essa trinca acabou por compor uma filmografia de “responsa”!


O Diretor – Eytan Fox

Nascido em New York (21/08/1964), gay assumido, casado há 24 anos com Gal Uchovsky (jornalista, escritor e roteirista), vive em Israel desde os 2 anos de idade. As primeiras dificuldades com sua orientação sexual foram enfrentadas com seu pai, um rabino ortodoxo (olha o drama!). Depois, quando servia ao exército, teve um “causo” com um... palestino! Foi por essa época que o roteiro de “A Bolha” começou a se estruturar em sua cabeça. Hoje, depois de 9 filmes e muitos prêmios, é o cineasta israelense mais conhecido mundo afora.



O Ator Queridinho (rs) – Ohad Knoller

Nascido em Jerusalém (28/09/1976), estreou como ator em um seriado de TV aos 14 anos de idade. Após o serviço militar (ele tem know-how, rs), estudou teatro em Tel Aviv, onde deslanchou em sua carreira. Ao assisti-lo como protagonista da peça “O Avarento”, Eytan deslumbrou-se com a capacidade desse jovem em conseguir, quase como numa metamorfose, atuar num papel de um homem velho. E isso fica evidente pra quem assiste alguns de seus filmes.

Em “Yossi and Jagger”, de 2002, com 26 anos de idade, ele fez o Yossi, um tenente do exército de Israel (deveria ter mais de 30 anos), que vive um idílio amoroso (rs) com Lior (Yehuda Levi), um soldado do seu pelotão. Em “A Bolha”, de 2006, portanto com 30 anos de idade, ele fez o Noam, um jovem soldado que se apaixona por Ashraf (Yousef Sweid), um estudante palestino. É incrível como ele parece rejuvenescer! Em outro post comento sobre o seu mais recente filme, “Yossi”, de 2012, uma sequência, 10 anos depois, da trama de “Yossi and Jagger”. O camaleão nos surpreende novamente.



O Músico – Ivri Lider

Esse dispensa comentários... já foi citado em prosa e verso por aqui! Também gay assumido, embora com bem menos sorte no campo sentimental (já teve várias desilusões) é o responsável por todas as trilhas sonoras dos filmes de Eytan. Podemos dizer que seus maiores sucessos (além dos filmes já citados, temos também “Walk on Water”, que também merecerá outro post) são músicas que embalaram as cenas mais tórridas (rs) dessa filmografia.

Cena 1

Alguns takes de “Yossi and Jagger”, culminando num dos beijos mais famosos da cinematografia gay (a câmera faz com que participemos do beijo... se é que me entendem, rs), ao som de “Vem” (Bo), um dos maiores sucessos do Ivri.



Cena 2

Ao som de “Song to the Siren” (grande sucesso de Tim Buckley, maior influência na carreira do Ivri), podemos ver como o Ohad, além de mais jovem, ficou deveras mais “saidinho” (rs). Ah, essa é outra característica dos filmes de Eytan: ficaram mais “contundentes” com o passar do tempo.


3 comentários:

  1. Penso q este trio e a trilogia dirigida por Ethan foi uma das coisas mais extraordináras q o cinem contemporãneo já produziu ... ainda mais aprofundando e divulgando a cultura da terrinha ... ainda vou dar uma voltinhas por lá ... ah! se vou!

    ResponderExcluir
  2. Havia até me esquecido que os vi ! Realmente muito bons !
    Gostei mais da Bolha !

    Abraço !

    ResponderExcluir
  3. Eta trio matador, hein!!! Gosto muito dos filmes, acho que é visível a "evolução", se é que se pode falar assim nos filmes... A Bolha é muito bom, mas tenho um olhar especial pela cena de amor no final do Yossi (2012)... e assim, sou fã do Ohad Knoller he he he.

    Abração.

    ResponderExcluir