quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Her Name Is Calla



Não sou muito chegado em música experimental. A maioria das bandas que produz esse tipo de música, em geral, transita entre o eletrônico e o lo-fi, numa sequência pra lá de cansativa de instrumentais e pobreza de letras. Algumas bandas, entretanto (poucas, na verdade, e um bom exemplo é o Sigur Rós), com uma sonoridade indie/post-rock, conseguem me conquistar. É o caso de Her Name Is Calla, banda inglesa de Leicester.  

Desde seu álbum de estreia (The Heritage, de 2008) já se podia sentir sua vibe: um maravilhoso jogo entre luz e sombra, delicadeza e brutalidade, instrumentais riquíssimos, letras tipo “porrada no estômago”, verdadeiros poemas emocionais e reflexivos, tudo na medida, sem excessos. Eles não têm nada de pop. Ao contrário, ouvir suas músicas requer atenção e um certo gosto sofisticado, digamos... (rs)

Dois álbuns imperdíveis: The Quiet Lamb, de 2010 e Navigator, de 2014. Fora esses, mais 3 EP’s basicamente apenas instrumentais. Recomendo demais!

Pra dar uma ideia do naipe deles: Burial, do álbum Navigator.

No one has to know, because no one will care
You trusted this with me
I let it slip away
I took both your dogs out back
And buried them with pieces of you
I don’t have choices, only anger
And this will be my final mistake


3 comentários:

  1. Pelo título achei que iria recomendar Christiane Torloni.

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  2. Definitivamente requer um certo gosto sofisticado ... rs ...

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  3. Excelente composição! A estrutura musical é variada ( inclui uma profusão de acordes com sétimas e sextas dominantes em sequência que induz ,traduz o clima de um funeral seguido de uma mescla com os estilos de composição elisabetanos dos bons, velhos e saudosos alaúdes. Uma outra referencia estética ao sentimento de saudade e melancolia) Gostei muito, mas ainda fico com o experimentalismo de Kate Bush quando o nome "música experimental" não existia!

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