quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

MONEY



Eles são de Manchester, Inglaterra e fazem um indie/experimental/etéreo (rs), que me agrada muito. Não fazem muito sucesso, nem de público e, principalmente, de crítica. São chamados de pessimistas, confusos, desesperados, focados excessivamente na figura de Jamie Lee (líder e letrista da banda) e outros adjetivos desse naipe. Sinceramente: ou eles fazem parte de minhas idiossincrasias musicais (rs), ou são incompreendidos!

As tais “letras confusas” são repletas de citações nietzschianas (Lee é leitor ardoroso de Rilke... conhecem?) e misturadas a sexo (homo/hetero... na boa!), álcool, drogas... que mais? “A morte é apenas uma ilusão, um muro alto, que não permite que vejamos o outro lado... Não é o fim. Não há tal coisa como o fim. Tudo é sempre o começo...” Suas letras, na verdade, falam sobre a frustração inerente à condição de nossa individualidade, algo como estar perto dos outros, do mundo, mas nunca realmente “com eles”. Isso, pra mim, é a mais poética metafísica existencialista, bem ao estilo de Rilke.


Acaba de sair seu segundo álbum, Suicide Songs... de certa forma, a continuação do primeiro (The Shadow of Heaven). Talvez com uma diferença: desespero e esperança aparecem agora em doses iguais. Na bela música que inicia o álbum (I Am The Lord), entre sons de música hindu, a voz rasgada de Lee canta: "Eu não quero ser Deus... Eu só quero ser mais humano." Mim gostcha! (rs)


3 comentários:

  1. Com essa história de viajar para lá e para cá... criei a mania de viajar ouvindo música e essa tava perfeita para acompanhar uns pensamentos em alguns desses dias de estrada...

    Mucho bão! :)

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  2. Que coisa mais linda. Enchi meus olhos de lágrimas só com o som. Olha q ainda não peguei a letra ... Maravilhoso ... Salvei o canal do YouTube para ver com calma tudo.

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  3. Muito lindo!
    Gostei da busca perfeita da forma no video contapondo com a voz " rasgada" do cantor!
    Bjs

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